Temos um compromisso. De trabalho e de afeto. De sonho e solidariedade. Esperança e trabalho. Com todas as falhas que o ser humano carrega e a imensa mochila de flancos que o mundo cria em nós.
Somos cúmplices num caminho escolhido pelo desejo de vencer o agouro do pessimismo que a sociedade aplica na veia de nossos ideais, incutindo a visão de impossibilidades que a tornam inalcançável. Impossibilidades que tornam os homens de má vontade bem mais fortes em sua fraqueza de caráter. Homens que visam abocanhar o mundo só pra si, tornando-o esse caos que se afigura faz tempo.
Temos, sobretudo, um compromisso de união pelo bem maior, pela vida ao alcance de todos, a dignidade sem tranca e a justa divisão do espaço deste planeta que é de todos. Não tem sido mas é, em sua essência, e precisamos tomar nossos lugares, assumir as vagas destinadas aos nossos projetos de vida e ao perfeito convívio com os que amamos e os que nem sabemos que estão entre nós. Isso faria de cada vivente um próximo, pronto a amar e ser amado; a dar e ter o melhor.
Que o mundo seja do bem, mais do que de bens. E a nossa maior riqueza, depois de vencidos a fome, o ódio, as desigualdades sociais e todas as formas de preconceito, seja a plenitude de nossa humanidade, por si só, para que todos se encontrem numa verdade universal. Uma verdade que responda aos nossos anseios esquecidos.
Tal compromisso resvala entre nós, inquieto e temeroso de nossa oscilação. Sabe que não evoluimos o bastante para essa certeza de sua existência; essa visão do seu alcance que resultaria nossa felicidade definitiva. O auto encontro de cada um.
Tomara que a escola que hoje nos une rompa o tempo e as paredes e nos mantenha juntos, ainda que distantes, pelos favos de um ideal que jamais exclua. Sejamos frutos propícios à fome de um planeta melhor. Plantemo-nos em terra fértil.
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À professora Rita de Cássia Junger e às turmas 2002 e 3001 do Colégio Estadual Alcindo Guanabara.
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