A fogueira de cartas "quenta" o frio;
crema sonhos passados; nostalgias;
eis o brio do amor emancipando
energias de mágoa libertária...
Na fumaça das letras a esperança
de passar do passado e ser feliz,
dar à dança das horas meu compasso
ou impor o meu giz ao quadro-negro...
Quero a cinza de outrora nesta cinza,
pôr as cartas na mesa do futuro,
transformar num monturo esta saudade...
No mormaço das cartas consumidas
"quento" as mãos ou as lavo de levar
nossas vidas na vida que me resta...
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