segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

GARGANTA DO INFERNO


Vejo a saga dos maus conduzi-los aos prêmios,
como assisto à falência da boa vontade
que se dobra exaurida pros golpes diários;
pro poder dos que assinam senhores da vida...
São heróis populares os nossos vilões,
levam nossos milhões e nos deixam migalhas,
porque somos marcados pela estupidez;
nossa res tem preguiça de alertar os olhos...
Garimpamos o gueto, a miséria, o descaso;
este prazo oprimido, arrastado e servil
que nos reptiliza condenando às moscas...
Vidas foscas à sombra dos mitos de sempre;
esses mitos vomitam tristes realidades
ruminadas por nós na garganta do inferno...

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