Ter a chave do belo é dá-lo ao mundo
pelas vias linfáticas do verso,
pra que a vida não seque nas entranhas
de quem vive por mais do que viver...
Ser poeta, no fundo, é ser um rio
que se basta, e de sobra que abastece
esse mar de carências afetivas
escondidas ou não em cada eu...
Mas também é colher a dor alheia,
ruminar as mazelas do planeta,
conhecer pelo avesso todo o mal...
Para tudo se estende a promissória;
só será plenamente o que assim for,
e ninguém é poeta impunemente...
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